UM PRESENTE PARA JESUS

A humanidade correu o ano todo. Buscou-se aproveitar as oportunidades oferecidas, lutar por um lugar ao sol, estudar, amar, conquistar e ser feliz ao longo da jornada. Muitas coisas provavelmente nos aconteceram no decorrer do ano, enquanto buscávamos viver intensamente o presente e ao mesmo tempo construir a prospecção de um futuro melhor.

O fim do ano chegou e passamos a contemplar a mudança na atmosfera social, verificando que as lojas passaram a exibir as cores natalinas e até a natureza ao nosso redor ganhou iluminação especial. Os amigos passaram a ser secretos, sendo esta brincadeira entendida, em muitos casos como um verdadeiro ritual, passando a acontecer em todos os níveis sociais em um ritmo acelerado de homogeneização.

O “bom velhinho” passou a ocupar, além das mentes mais inocentes, todas as esquinas existentes na cidade, no Estado, no país e em quase toda a aldeia global. A conhecida "Ceia Natalina" com seus produtos e subprodutos tematizados, com sua comida típica e amplamente convidativa e farta, incorporada as bebidas aparentemente inocentes, passou a ser, sonho de consumo de muitos nesta época.

Agora paremos um instante para pensar, observemos e veremos que esta festa foi elaborada para favorecer o grande capital, o qual embora apresente boas coisas como geração de trabalho e renda a muitas pessoas e produtos de alta qualidade para uma parcela da população economicamente ativa, também consegue criar necessidades de consumo, onde elas normalmente não existem, ou não deveriam existir. Se fizermos uma pequena reflexão, perceberemos quão grande contradição existe no fato da classe trabalhadora, acabar devolvendo ao sistema, aquilo que recebeu vendendo sua força de trabalho, ao sentir necessidade de gastar todos os seus recursos em festas tradicionais. Mas passemos para outra reflexão, será que todas as pessoas deste planeta têm conhecimento de todo o glamour dispensado nesta época do ano, ou ao menos têm acesso ao mínimo necessário para se alimentar adequadamente ao menos uma vez ao dia, enquanto se encontram esquecidas e espalhadas nas praças e campos de batalha deste mundo, onde certamente, "Papai Noel" não ousaria pisar seus pés?!

Alguém, algum dia resolveu ter a grande idéia de comemorar o nascimento de Jesus e ela deu certo. Entende-se que não há mal algum nisso, porém é preciso perceber que Jesus viveu entre os homens e que sua maior preocupação estava focada em promover o bem estar de pessoas que sofriam das mais diversas formas. Não desprezou os ricos e poderosos, porém seus maiores amigos eram os pequeninos, aqueles que nada tinham a oferecer senão suas tristezas e sofrimentos. Sendo assim, Jesus andou entre as multidões fazendo uma obra grandiosa de cura, de libertação e de propagação da mensagem da salvação através da fé genuína.

É preciso entender que se esta festa tem o significado de homenagear a Jesus, é a ele quem devemos presentear. E se quisermos fazer isso de fato, devemos nos lembrar dos pequeninos, porque é principalmente com eles que ele vai estar neste Natal. Estará à beira do leito de enfermidade de alguém que já não tem forças para almejar tanta badalação e também ao lado das criança, as quais sem algo para comer, nem um lar para viver, seguem sem esperança de sorrir.

Jesus com certeza estará ao lado de todos os que têm sede e fome da sua palavra, sendo em grande parte pessoas excluídas e esquecidas no sistema prisional ou nas ruas e avenidas desta vida. Ele estará ao lado de todos que compreenderem que seu nascimento não deve servir de pretexto para escândalos, bebedeira e prática de glutonaria e também ao lado daquele que nesta data, bem como em qualquer outra, o buscar em espírito e em verdade.

Precisamos nos lembrar que seu nascimento foi um fato que dividiu a história e merece com certeza atenção especial, pois Ele se fez o maior presente que a humanidade poderia receber. Porém não devemos nos esquecer do seu sacrifício na cruz do calvário por amor de nós, nem da sua ressurreição, a qual nos fornece a garantia da sua onipresença verdadeira.

Sendo assim, precisamos perceber que o maior presente que podemos oferecer ao Senhor Jesus, em primeiro lugar somos nós mesmos em suas santas mãos e posteriormente, a busca por fazer a sua vontade através do cumprimento da sua palavra que diz:

Tive fome e me destes de comer,
Tive sede e me destes de beber,
Era peregrino e me acolhestes,
Estive nu e me vestistes,
Estive enfermo e me visitaste,
Estive na prisão e viestes a mim,
Em verdade eu vos declaro:
todas as vezes que fizestes isto a
um destes meus pequeninos,
foi a mim que o fizestes”.
(Mat. 25:35,36-40)

Tenham todos um Natal de luz na companhia do Senhor Jesus!!!!

Por: Lucinéia Costa

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