A história do amor-perfeito:
Conta-se que um rei foi certa manhã ao seu jardim e encontrou as plantas murchando e morrendo. Perguntou ao carvalho que ficava junto ao portão o que significava aquilo.
Descobriu que a árvore estava cansada de viver porque não era alta e elegante como o pinheiro. O pinheiro, por sua vez, estava desconsolado porque não produzia uvas como a videira.
A videira ia desistir da vida porque não podia ficar ereta e nem produzir frutos delicados como o pessegueiro. O gerânio estava agastado porque não era alto e cheiroso como o lírio. O mesmo acontecia com todo o jardim. Chegando-se ao amor-perfeito, encontrou sua corola brilhante e erguida alegremente como sempre.
"Muito bem meu amor-perfeito, alegro-me de encontrar no meio de tanto desânimo uma florzinha corajosa e feliz. Você não parece nem um pouco desanimado". "Não, não estou! Eu não sou de muita importância, não sou grande nem forte, não tenho beleza ou perfume, mas apenas achei que se no meu lugar nosso Deus quisesse um enorme carvalho, um pinheiro, um pessegueiro ou um lírio, Ele teria plantado um deles; mas sabendo que o Senhor Deus queria um amor-perfeito, estou resolvido a ser o melhor amor-perfeito que posso".
Deus nos criou à sua imagem e semelhança, portanto não importa o quanto pareçamos diferentes, ou quais são os talentos e habilidades alheios, somos essencialmente únicos, dotados de talentos distintos, destinados a harmonizar a vida em sociedade, comunidade, trabalho e família.
Embora isso muitas vezes faça parte da natureza humana, o sentimento de inferioridade com relação à outras pessoas tem o poder de ser altamente pernicioso, podendo tirar toda a vitalidade que existe em uma pessoa. Isso pode acontecer de forma gradativa sendo as vezes quase imperceptível e pode vir a alcançar uma linha tão acentuada com o tempo, de tal forma que pode não haver salvo conduto que a possa livrar da triste falta de horizonte que advém sobre si.
As vezes as pessoas ficam muito acostumadas com o que pensam sobre si mesmas, que se esquecem de quem realmente são ou representam no jardim desta vida, correndo sério risco de acabar sendo real e irreversivelmente aquilo que pensam.
Um comentário:
Perfeito! Sirleide da Rocha.
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