Saudades


Pastor Eliezer, eu [Joelder] e irmão Waldir Mandarino, no sábado, 13 de fevereiro de 2010, manhã, meu batismo, Acamp Jovem.

O irmão Waldir Mandarino nasceu dia 23 de dezembro de 1937, e morreu às 23h25m nesta última sexta-feira, dia 09 de setembro [horário civil], mas já sábado [horário religioso]. 2011 é o ano de sua morte, pena que eu o conheci tão pouco. Próximos aos meses de agosto e setembro de 2009 esse homem estava ministrando Estudos Bíblicos à minha família, e eu o enchia de perguntas, mas ficava espantado com o conhecimento abundante que ele demonstrava. Possuía uma sabedoria incalculável acerca da palavra de Deus. Mas acima de tudo, o irmão Waldir Mandarino vivia o que ensinava, sendo então, pelo menos para mim, o maior exemplo de adventismo genuíno, que chego a arriscar: que já vi e que nunca mais verei. Foi um homem excepcional para sua idade, com sua bicicleta correndo de casa em casa, levando a palavra do Altíssimo avante. Responsável por 1.200 batismos, trouxe um número significativo de pessoas à verdade - Cristo Jesus. De 2010 a 2011, foram já 75 pessoas batizadas pelo seu serviço em prol da causa, e eu sou uma dessas 75. Fui batizado em 13 de fevereiro de 2010, no Acamp Jovem. Agradeço a Deus pelo privilégio que tive de ter tido estudo com ele, que disseminava esperança aos seus alunos.

Certa ocasião, presenciei algo até engraçado, o irmão Waldir enquanto ministrava estudos ao meu Pai sobre a Nova Terra e o Novo Éden, meu pai perguntou: "Mas como eu serei feliz sem a perna que me falta?" pois meu Pai, Edilson, amputou uma das pernas em decorrência de uma trombose que ocorreu a alguns anos devido ao uso de cigarro. O irmão Waldir olhou para meu pai e disse: "Você vai pular igual a um veadinho irmão! Você vai ser transformado por ocasião da volta de Cristo!" Meu pai e ele responderam a este diálogo com risos de alegria, pela esperança alimentada na volta de Cristo. Hoje, podemos dizer que o irmão Waldir Mandarino, juntamente com meu pai estará pulando como um veadinho no Novo Céu e a Nova Terra, na Nova Jerusalém, recompensa dos justos.

Tenho boas experiências com o irmão Waldir Mandarino, este homem que jaz na sepultura, onde sua memória repousa da consciência até a volta de Cristo. Muitas coisas teríamos a contar, mas os feitos do irmão Waldir, que são frutos de uma vida em consagração, que glorifica a Deus, são memoráveis apenas pelo fato de olharmos para a igreja do Alvorada. Não podemos parar o seu trabalho, por pedido dele, continuamos levando avante o evangelho a toda nação, e tribo, e língua, e povo.

 Waldir Mandarino, 1937-2011

por Joelder Zakowski

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