A maior obra do engano nos dias de hoje é a letargia. Na medicina esta palavra significa “estado patológico de sono profundo, sem paragem das funções vitais e de duração variável, que em geral é causado por infecções graves que afetam os centros nervosos” (www.infopedia.pt).
Apesar das facilidades da vida moderna, não há um que não reclame da falta de tempo. Falta tempo para os amigos, para a família, para o lazer, para os exercícios físicos. Por outro lado, a indústria que mais cresce no mundo é a do entretenimento. É um paradoxo, pois entretenimento significa justamente ocupar o tempo livre, ou ainda, passar o tempo. Como conciliar estas duas realidades: a falta de tempo e o crescimento da indústria do tempo livre?
Talvez a palavra letargia possa servir para nós cristãos entendermos. Quando o assunto é espiritual estamos num sono profundo. Nunca estamos despertos e dispostos. Mas as funções vitais ainda estão funcionando, vamos à igreja aos sábados de forma tradicional e rotineiramente. Ocupamos nosso tempo com muitas coisas. Outras coisas já começam a perder o sentido e já não parecem tão importante quanto o eram no princípio de nossa caminhada. Isto porque, sofremos de graves infecções que adquirimos durante o nosso contato com aquilo que não nos aproxima de Deus, ao contrário, nos afasta e nos cega. Estas infecções entram por nossos ouvidos, olhos, boca, nariz e pela pele, e danificam nosso sistema nervoso, distorcendo a maneira que percebemos o mundo. Preferimos falar sobre pessoas e coisas do que sobre princípios e valores. Preferimos comentar sobre algo da moda, do que sobre o último sermão que ouvimos. Preferimos mostrar nossos bens e capitais do que o tesouros que descobrimos em nossa comunhão com Deus. Entre muitas outras situações que nos ocupam com nada, ou ainda, que preenchem o nosso vazio com vácuo.
O importante, porém, é que a letargia tem uma duração variável e não é um quadro irreversível. O Médico dos médicos tem um remédio para ela, chama-se: Espírito Santo. Em doses diárias e com muita perseverança do paciente, este 'medicamento' vai restaurando a saúde espiritual. Para uma melhor eficácia do tratamento, o paciente deve abster-se daquilo que lhe faz mal e ingerir diariamente A Palavra de Deus, quer o organismo aceite ou não. Deve-se fazer um esforço com intuito de discipliná-lo. Ao final do tratamento, a vida do paciente será outra, pois sua vida estará repleta de uma Paz diferente, pois "É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo." João 14:27
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