A medida de um homem


Segundo Martin Luther King, famoso pastor e ativista norte-americano do século passado, "a verdadeira medida de um homem não se vê na forma como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio".
Todos sabemos que é relativamente normal que os seres humanos experimentem dissabores e dificuldades na vida, bem como momentos de tristezas. Conviver com fatos que não são muito favoráveis, faz parte da nossa natureza neste mundo de imperfeição, onde nossas fragilidades nos sujeitam a toda sorte de ocorrências.
O sábio rei Salomão, em Eclesiates 7:14 afirma: "No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da adversidade considera, porque também Deus fez a este em oposição a aquele, para que o homem nada ache que tenha de vir depois dele". Portanto essas duas situações são comuns á todos os seres humanos, sendo que há um fator comportamental que diferencia-nos, sendo ele a forma de enfrentamento dessas questões, as quais envolvem nossa posição pessoal em relação aos acontecimentos.
Podemos nos posicionar atribuindo o devido valor a tudo que nos sucede, independente se é algo bom ou ruim, observando sempre a ordem de prioridades, ou seja, devemos dar maior importância a coisas que devem ter primazia e posteriormente as menores. Quando invertemos essa ordem, promovemos a abertura para os transtornos e muitas pessoas podem chegar a beira do desespero quando se vêm diante de grandes embates.
Existem pessoas que sercadas de bens e possessões, acreditam que nada têm, enquanto outras pouco possuem ou quase nada, porém e sentem ricamente abençoadas. Normalmente o segundo grupo de pessoas mencionado consegue ter uma melhor postura diante dos reveses da vida, não se abatem facilmente e resistem a prostração, pois consideram que devem se esforçar para para lidar com os problemas do dia-a-dia. São geralmente agradecidas pois a vida é entendida enquanto dádiva divina.
Essa forma nobre de atitude não se atribui como uma qualidade especial, porém a adoção desta postura se configura como uma forma de ponto de vista, arrancando-se das diversas situações um aprendizado a partir de como se encaram os acontecimentos. Geralmente pessoas com este perfil não sentem vergonha de chorar, pedir ajuda, ou expressar a sua dor de forma clara e audível. Podem até rasgar-se diante dos dissabores, porém com muita determinação, tentam juntar os pedaços e recomeçar uma nova caminhada.
Infelizmente, nem todos buscam estruturar este posicionamento. É muito cômodo usufruir apenas das benesses do que enfrentar a crise circunstancial que nos sobrevém sem avisar. Portanto, necessário se faz que estejamos preparados para este enfrentamento, de forma a construir nossa casa na Rocha, onde os ventos abruptos poderão contra ela soprar e as tempestades a ela açoitar e sendo assim, nada a possa derrubar.

baseado no texto de: Armando Luiz de Sá Ravagnani - Revista Mídia&Saúde
Adaptação: Lucinéia Costa


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