Por rodovia interestadual, veículos particulares partem de Nova Orleans em direção a regiões mais seguras.
Centro do Gustav, fotografado enquanto a tempestada passava pelo mar do Caribe; a imagem foi tirade na sexta-feira (29 agosto) do satálite NOAA.
Gustav causa estragos em Kingston (Jamaica), onde pelo menos doze pessoas morreram.
O prefeito de Nova Orleans (EUA), Ray Nagin, determinou que toda a população da cidade seja retirada na manhã deste domingo (31), em razão da aproximação do furacão Gustav. A retirada não será forçada fisicamente por policiais --mas autoridades já afirmaram que os que decidirem ficar vão "aceitar toda a responsabilidade por si mesmos e seus entes queridos".
Durante todo este sábado, milhares de pessoas já deixaram Nova Orleans, em antecipação à determinação oficial. Diante da ameaça do Gustav, os Estados de Louisiana, Texas, Alabama e Mississipi estão em estado de emergência.
O furacão ganhou força neste sábado é já é classificado como categoria quatro na escala de Saffir-Simpson, que tem cinco níveis. O Gustav chegou na tarde deste sábado à Isla de la Juventud, no ocidente de Cuba, com ventos de 230 km/h que depois chegaram a 240 km/h. Ele começa a atravessar a ilha pela província de Pinar del Río rumo ao golfo do México.
No trajeto, poderá alcançar a categoria cinco, por causa das águas quentes do golfo do México. "Seria um furacão catastrófico", afirma Evelyn Rivera, meteorologista do Centro Nacional de Furacões Americano (NHC, na sigla em inglês).
De acordo com a meteorologista, "segundo a trajetória prevista é possível que impacte ao oeste de Pierre Part, na Louisiana". A previsão é a de que o fenômeno chegue à costa da Louisiana na segunda-feira (1º).
Os meteorologistas dizem que o furacão pode alcançar a categoria cinco, com ventos de mais de 250 km/h rumo ao golfo do México.
Entretanto, os habitantes de Nova Orleans parecem não querer esperar --postos de gasolina nas rodovias que cruzam o local estão sem combustível e linhas telefônicas parecem congestionadas.
Em Nova Orleans, a população usou ônibus, trens, aviões e carros para deixar a região --causando congestionamentos nas estradas da cidade, que ainda tem viva na memória o furacão Katrina, que deixou 80% do local alagado e matou cerca de 1.600 pessoas.
Trauma
O movimento de retirada da cidade deixou as estradas congestionadas por carros e ônibus. Trens e aviões também ficaram lotados. Os moradores da cidade foram os mais afetados pelo furacão Katrina que, três anos atrás, deixou 80% do local alagado e matou cerca de 1.600 pessoas.
O furacão Gustav causou ao menos 86 mortes ao longo da semana no Haiti, na República Dominicana e na Jamaica, mas em Cuba, até agora, não há relatos de feridos.
O ciclone obrigou a retirada de centenas de milhares de cubanos e turistas estrangeiros de zonas com risco de inundações ou deslizamentos de terra, principalmente no litoral sul.
Autoridades advertem que "a zona de perigo iminente" inclui a cidade de Havana, de 2,2 milhões de habitantes, e abrange desde a província central de Matanzas até Pinar del Río, que sofreu 150 ciclones nos últimos cem anos.
Só nessa última província foram levadas a zonas seguras 190 mil pessoas, segundo a imprensa local.
Outras 20 mil foram retiradas em Havana e cerca de 1.200 turistas foram transferidos de Cayo Largo del Sur para hotéis do balneário de Varadero e de Havana, segundo as agências estatais AIN e Prensa Latina.
Gustav é o terceiro furacão de 2008 no Atlântico e sua passagem por Cuba se prolongará até domingo de manhã, de acordo com os meteorologistas. A Defesa Civil cubana mantém em "alarme ciclônico" a capital e as quatro províncias mais a oeste do país.
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