A população Amish dos EUA quase dobrou e se espalhou nos últimos 16 anos devido ao costume de manter grandes famílias, a mais casamentos dentro da comunidade e ao aumento da expectativa de vida, segundo um estudo divulgado na quarta-feira.
Os amish são uma seita cristã que migrou da Europa para os EUA nos séculos 18 e 19. Eles rejeitam carros e computadores e a rede pública de eletricidade. Falam um dialeto do alemão, deslocam-se com carroças entre suas comunidades e usam roupas com suspensórios (homens) ou vestidos longos e boinas (mulheres).
A população amish cresceu de 125 mil indivíduos em 1992 para 231 mil em 2008, um aumento de 86 por cento, ou 4 por cento ao ano, de acordo com o estudo de Donald Kraybill, professor de Sociologia da Universidade Elizabethtown (Pensilvânia). Mantido o atual ritmo, até 2026 a população dobrará em relação ao nível atual.
Kraybill disse que tal crescimento ocorre porque os amish insistem nos casamentos dentro da comunidade, e 90 por cento de suas crianças são educadas em escolas exclusivas. Cada família tem cinco ou seis filhos, e em geral os jovens permanecem na comunidade, ao contrário do que ocorre com outras minorias, ameaçadas de diluição.
O pesquisador explicou que os amish que se casam com pessoas de fora da comunidade são automaticamente excomungados, uma vergonha a qual poucos se submetem.
Além disso, a população amish também está se espalhando. Em dez Estados ela mais do que dobrou, e o número de comunidades cresceu 82 por cento nos EUA. Agora, a seita está presente em 28 dos 50 Estados.
Em 1992, 69 por cento deles se concentravam na Pensilvânia, Ohio e Indiana. Agora, tal concentração caiu para 62 por cento do total. Terras férteis a preços convidativos, a busca por isolamento e oportunidades de trabalho em marcenaria e construção os atraem para outros lugares, segundo o estudo.
Kraybill acrescentou que a melhora nas condições de saúde também levou a um aumento da expectativa de vida e a uma redução da mortalidade infantil, que tem níveis abaixo da média norte-americana.
Reuters/Brasil Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário